Resumo: Antecedentes: A terapia nutricional é um componente essencial no tratamento de pacientes em estado crítico, sendo a nutrição enteral o método de eleição. O objectivo deste estudo é avaliar a tolerância entérica através da variação da pressão intra-abdominal e dióxido de carbono no final da expiração (VCO2), com dois modos de alimentação entérica: infusão contínua versus infusão em bolus. Métodos: Ensaio clínico controlado, aleatorizado, aberto, incluindo 76 pacientes. Se registraram as variáveis demográficas, diagnósticas e índice de gravidade na admissão. Grupo l com 37 membros, receberam suporte nutricional enteral em 3 períodos de infusão de 8 horas cada um, e do Grupo B, com 39 membros, foi administrada em tomas máximas de 500 cm3 durante um período inferior a uma hora. Se realizaram 6 medições diárias da pressão intra-abdominal (PIA) durante a administração de suporte nutricional. Foi feito um registro horário do VCO2 pelo ventilador Draguer Evita XL®. Se realizou um registro do resíduo gástrico, incidência de NAVM, dias de ventilação mecanica, tempo de internação e mortalidade na UTI. Resultados: Obtivemos um aumento basal da PIA de 29% e VCO2 de 3.8% no Grupo I e um aumento da PIA de 78% e VCO2 de 43% no Grupo B, ambas diferenças foram significativas (p = 0.001 e p = 0.02 respectivamente). Conclusão: Existe uma melhor tolerância com a administração de nutrição entérica em infusão contínua que em bolus, validado com a medição da pressão intra-abdominal e a produção de dióxido de carbono medido no final da expiração VCO2.
Abstract: Background: Nutritional therapy is fundamental on critically ill patients care, being enteral feeding the preferred mode. The aim of this study was to evaluate enteral feeding tolerance by measuring intraabdominal pressure fluctuations and carbon dioxide production at end expiration (VCO2) comparing two modalities: continuous infusion versus bolus. Methods: This study was an open, controlled, clinical trial enrolling 76 patients. Demographic data, severity scales and diagnosis was obtained by ICU admission. Patients were randomized in two groups: I Group, 37 members, received enteral nutritional support in 3 periods with an 8 hour infusion length each one. B Group, 39 members, received enteral feeding in bolus with a max amount of 500 cc given in less than an hour. Six measurements of intraabdominal pressure (IAP) were made daily while giving nutritional support. VCO2 was checked every hour through Draguer Evita XL® ventilator. Residual gastric volume, mechanical ventilation associated pneumonia, mechanical ventilation length, ICU length of stay and mortality were recorded. Results: On Group I IAP increased 29% and VCO2 3.8% and on B Group IAP increased 78% and VCO2 43%, both differences were statistically significant (p = 0.001 and p = 0.002 respectively). Conclusion: There is a better feeding tolerance giving enteral nutrition support by continuous infusion than bolus, confirming with intraabdominal pressure measurement and carbon dioxide production at end expiration.
Resumen: Antecedentes: La terapia nutricional es un componente fundamental en el tratamiento de los pacientes críticos siendo la nutrición enteral el método predilecto. La finalidad de este estudio es evaluar la tolerancia enteral por variación de la presión intraabdominal y bióxido de carbono al final de la espiración (VCO2) con dos modalidades de alimentación enteral: infusión continua versus infusión en bolo. Métodos: Se realizó un ensayo clínico, controlado, abierto y aleatorizado incluyendo 76 pacientes. Se registraron variables demográficas, diagnósticas e índice de severidad al ingreso. El grupo I con 37 integrantes, recibió soporte nutricional enteral en tres periodos de infusión de ocho horas cada uno; en el Grupo B, con 39 integrantes, fue administrado en tomas máximas de 500 cm3 durante un periodo menor a una hora. Se realizaron seis mediciones diarias de la presión intraabdominal (PIA) durante la administración del soporte nutricional. Se registró cada hora, mediante ventilador Draguer Evita XL®, el VCO2. Se realizó un registro de residuo gástrico, incidencia de NAVM, días de ventilación mecánica, estancia en la unidad así como mortalidad al egreso de la UCI. Resultados: Se obtuvo un aumento de la basal de PIA de 29% y de VCO2 3.8% en el grupo I y un aumento de la PIA de 78% y una VCO2 de 43% en el grupo B, ambas diferencias resultaron ser significativas (p = 0.001 y p = 0.002, respectivamente). Conclusión: Existe mejor tolerancia con la administración de nutrición enteral en infusión continua que en bolo, corroborado con la medición de la presión intraabdominal y la producción de dióxido de carbono medido al final de la espiración VCO2.